Abstract

A paisagem rural de Minas Gerais é bastante heterogênea e revela grandes desafios regionais. Por um lado, existem municípios com alto grau de desenvolvimento rural (como no Triângulo Mineiro, por exemplo), em contrapartida, muitos outros caracterizam-se pelo baixo grau de desenvolvimento rural, pobreza, elevada desigualdade social, desemprego, tal como se verifica no Vale do Jequitinhonha e Mucuri. As perspectivas de melhora dessas condições devem passar, entre outros fatores, pela ampliação do financiamento e investimento público. O objetivo desse trabalho é verificar a lógica da distribuição de recursos do PRONAF Â a partir de um Indicador de Desenvolvimento Rural (IDR). Baseado nos trabalhos de Kageyama (2004), Silva (2006) e Stege e Parré (2013) - foi feito um ranqueamento dos municípios de Minas Gerais nas dimensões Sócio Demográfica, Político Institucional, Econômica e Ambiental. A partir do IDR, pode-se comparar o grau de desenvolvimento rural dos municípios versus a liberação dos recursos do PRONAF. Foi corroborada a hipótese de que a lógica de concentração de recursos do PRONAF continua concentradora naqueles municípios com melhores indicadores econômicos, sociais, institucionais e ambientais. A despeito da criação de novas modalidades como tentativa de incorporar outros públicos - alvos mais marginalizados, o programa continua tendo uma atuação mais efetiva nos municípios economicamente mais integrados.

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