Abstract

Proponho apresentar uma análise do vídeo Vita Nova (2009) do artista Vincent Meessen, que parte de uma fotografia que figura como capa da revista Paris Match de 1955 analisada por Roland Barthes no texto “O mito, hoje” de Mitologias (1957) – de um jovem negro saudando a bandeira francesa – decifrada como “álibi da colonização” (BARTHES, 1957, p. 203). Em sua investigação, o filme revela algo inesperado: o fato de que o avô de Barthes, Louis-Gustave Binger, havia sido um explorador colonial que governou o território correspondente à Costa do Marfim atual. O filme se apropria de textos de Barthes, em reviravoltas que criam novos sentidos e significados. Procuro identificar algumas inflexões, deslocamentos e outras reflexões dos textos de Barthes na presente obra, levando em consideração temas como mito, poder, colonização e história.

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