Abstract

OBJETIVO: Aferir os níveis de ruído em distintos ambientes de um hospital universitário e investigar o impacto dessa exposição na qualidade de vida dos profissionais que atuam nesses ambientes. MÉTODOS: O ruído foi aferido por meio de medidor de pressão sonora em três períodos do dia: manhã, tarde e noite, durante uma semana, em diferentes dependências de um hospital, a saber: UTI neonatal, nutrição, anfiteatros, gráfica, lavanderia, marcenaria e serralheria. Para cinco trabalhadores de cada setor, foi solicitado o preenchimento dos questionários de hábitos auditivos e de Qualidade de vida (WHOQOL-Bref), adaptado para o Português Brasileiro. Para cada questão do WHOQOL-Bref atribuiu-se de 0 a 5 pontos, sendo que, ao final, quanto maior a pontuação, melhor qualidade de vida o indivíduo considera ter. RESULTADOS: Houve diferença significativa entre os ambientes, para os valores mínimos e máximos de pressão sonora, independentemente do período do dia em que foi realizada a aferição. Todos os ambientes puderam ser considerados prejudiciais. Nos escores apresentados nas questões de qualidade de vida geral e nos domínios do WHOQOL-Bref (Qualidade de Vida, Físico, Psicológico, Relações Sociais e Meio Ambiente), observou-se que não houve diferença entre os setores. CONCLUSÃO: Os níveis mínimos e máximos de ruído em todos os setores, com exceção da UTI neonatal, excedem os previstos para ambiente hospitalar; a variação dos níveis de ruído caracteriza ambientes com ruídos intermitentes que colocam em risco a saúde auditiva dos funcionários; os níveis de ruído aferidos evidenciam a necessidade de implementação de Programa de Conservação Auditiva, com medidas coletivas e individuais.

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