Abstract
O alívio da dor em animais após uma injúria acidental ou cirúrgica é uma das maiores preocupações do Médico Veterinário e a administração epidural de agentes analgésicos têm se demonstrado efetiva no manejo da dor somatossensorial e visceral. Baseados nestas colocações realizou-se o experimento, com o objetivo de avaliar fisiologicamente os parâmetros anestésicos promovidos pelo uso de diversas drogas pela via intratecal em cães. Os animais foram divididos em seis grupos experimentais aqui denominados tratamentos (T) sendo cada grupo (n=6) submetido a um protocolo: T1: romifidina (60 µg/kg), T2: bupivacaína (1,0 mg/kg),T3: fentanil (5,0 µg/kg), T4: bupivacaína + fentanil (0,5 mg/kg + 2,5 µg/kg). T5: bupivacaína + romifidina (0,5 mg/kg + 30 µg/kg) e T6: romifidina + fentanil (30 µg/kg + 2,5 µg/kg). Na MPA foi utilizada acepromazina (0,1 mg/kg) e diazepam (1,0 mg/kg) lV. A avaliação paramétrica constou da aferição da freqüência cardíaca (FC); freqüência respiratória (f); temperatura retal (T); oximetria (OX); pressões arteriais sistólica (PAS); média (PAM) e diastólica (PAD). Estes parâmetros foram mensurados imediatamente antes e 15 min após MPA e 5 min da aplicação intratecal (M1), quando procedeu-se a mensuração dos reflexos anal e interdigital e das qualidades de analgesia e miorrelaxamento, observando-se num intervalo de 15 min durante um período total de 110 min compreendidos entre o M2 ao M8. Como resultado verificou-se que a associação de acepromazina e diazepam consistiu num excelente protocolo de contenção química. A Romifidina tanto isolada quanto em associação produziu um potente efeito antinociceptivo, mediado ao nível espinhal, enquanto que sua redistribuição levou a um estado hipnótico com efeitos cardiorrespiratórios signiticativos. O efeito da bupivacaína caracterizou-se pela hipotermia e hipotensão, potente bloqueio espinhal, excelente estado de miorrelaxamento e analgesia de longa duração. O fentanil isolado produziu poucas alterações cardiorrespiratórias, com uma boa analgesia de curta duração e sem perda de tônus muscular. O tratamento 4 (bupivacaína + fentanil) destacou-se pelo excelente padrão anestésico com mínima interferência nos parâmetros físicos.
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