Abstract

resumo Se consideramos a extensa bibliografia teórica sobre o romance, não é possível deixar de reconhecer a instabilidade de sua forma como traço característico do gênero. Assim, gostaria de aproveitar o mote e discutir mais atentamente a hipótese de que alguns exemplos contemporâneos dão uma nova volta ao parafuso e sugerem novas maneiras de fabricar e consumir narrativas hoje, apontando, mais uma vez, para a remodelação das fronteiras do gênero romanesco. Minha reflexão, então, tem como fundamento teórico a noção de “escrita não criativa” tal como elaborada por Kenneth Goldsmith (2011) para pensar a prática da apropriação de outros textos posta em operação por algumas narrativas da literatura contemporânea brasileira, tais como Opsanie Swiata, de Verônica Stigger, ou Sujeito oculto, de Cristiane Costa, acreditando que tais formas provocam um redimensionamento valorativo da noção de obra, de originalidade e do próprio conceito de literatura.

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