Abstract

Adolescentes em situação de risco pessoal ou social podem ser temporariamente encaminhados a instituições de acolhimento, como medida protetiva. O acolhimento institucional, ainda que seja um recurso de segurança, pode ter impactos ambivalentes no desenvolvimento emocional dos adolescentes. Este trabalho pretende divulgar uma pesquisa realizada com adolescentes do gênero feminino, residentes de um Serviço de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes, da cidade de São Paulo – SP, Brasil. Foram realizadas Rodas de Conversa temáticas com o intuito de conhecer a experiência emocional das participantes sobre o tema da esperança e da perspectiva de futuro sobre as próprias vidas. O material foi analisado pelo referencial teórico psicanalítico de D. W. Winnicott. Notou-se que o distanciamento social imposto pela pandemia de COVID-19 contribuiu para o estado de apatia, desânimo e abalo da esperança nas adolescentes. Contudo, a partir das intervenções grupais, foi possível resgatar a esperança e as expectativas positivas quanto ao futuro, por meio do estabelecimento de uma relação de confiança entre as participantes e a pesquisadora. Compreende-se que a esperança, ainda que esquecida, ainda habitava as participantes e pela via da comunicação do grupo, foi possível reacender a possibilidade de acreditar e colocar em movimento os planos de vida.

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