Abstract
RESUMO Os estudos acerca dos rituais humanos têm mostrado que as mudanças ao longo da vida, incluindo a morte de entes queridos, precisam ser marcadas, pontuadas, de forma que estes acontecimentos recebam a consideração necessária. Neste estudo, são abordados os significados e funções dos rituais fúnebres como benignos para a elaboração da perda por morte de uma pessoa significativa. Sustenta-se que o caráter expressivo dos rituais possibilita descrever o que não se consegue expressar em palavras, estimulando o trabalho de luto e desempenhando importante função de maturação social e psicológica diante da perda. Possibilita também a contextualização da experiência da perda, oferecendo à família enlutada o suporte de pertencer a uma cultura e a uma compreensão compartilhada sobre a morte.
Highlights
The studies about human rituals have shown that changes throughout life
the functions of funeral rituals are approached as resources for the elaboration
It is sustained that the expressive character of the rituals allows to describe what
Summary
RESUMO - Os estudos acerca dos rituais humanos têm mostrado que as mudanças ao longo da vida, incluindo a morte de entes queridos, precisam ser marcadas, pontuadas, de forma que estes acontecimentos recebam a consideração necessária. São abordados os significados e funções dos rituais fúnebres como benignos para a elaboração da perda por morte de uma pessoa significativa. A quinta e última sessão, denominada Significar a perda na sociedade do interdito da morte, abrangeu o paradoxo atual implicado no tema da morte, pois ao mesmo tempo em que ela está cada vez mais próxima das pessoas, devido principalmente ao desenvolvimento das telecomunicações, há um interdito sobre o tema que propicia um esvaziamento nas práticas rituais diante da morte, que podem ocorrer apenas de forma protocolar, sem possibilitar aos participantes a manifestação de sentimentos e o reconhecimento de seu luto, assim como o suporte social necessário em um momento de crise como esse. Para que o conflito da realidade social – cindida pelas mudanças (das quais a morte representa um conflito extremo) –, possa ser resolvido, é necessário que tal crise seja não somente definida de forma objetiva (narrada), mas é indispensável que ela seja vivida emocionalmente
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