Abstract

INTRODUÇÃO: Os profissionais que atuam na central de material e esterilização (CME) possuem a função de recepcionar, limpar, esterilizar, embalar e armazenar utensílios utilizados em cirurgias no hospital. Trata-se assim, de uma profissão de grande exigência física e mental, com alta carga de trabalho e estresse. OBJETIVO: analisar os riscos biomecânicos e os sintomas osteomioarticulares de servidores da CME de um complexo hospitalar público. Materiais e MÉTODOS: um estudo observacional, prospectivo que foi desenvolvido em um hospital público do sul do país. Participaram 20 profissionais, tais como auxiliares, técnicos e enfermeiros. Os critérios de inclusão foram que o indivíduo atuasse na CME, ser auxiliar, técnico ou enfermeiro da CME ao menos a 6 meses, idade igual ou maior que 18 anos, de ambos os sexos e exercer qualquer função. Os critérios de exclusão, foram estar em período de férias ou licença saúde/capacitação no período de coleta de dados, trabalhar no setor a menos de 6 meses. Instrumentos de coleta: questionário sociodemográfico, internacional de atividade física (IPAQ) - versão curta e o Nórdico de Sintomas Osteomusculares. Resultados: Verificou-se que 85% dos profissionais são do sexo feminino; a idade média foi de 47 anos; 70% são auxiliares de enfermagem; 85% dos profissionais possuem filhos; 35% apresentaram dores em pescoço, punhos/mãos e quadril/coxas; 85% sentem dores de cabeça recorrentes; 50% já sofreram algum acidente de trabalho, sendo 80% com perfurocortantes. CONCLUSÃO: conclui-se que os servidores de CME tem riscos biomecânicos e ocupacionais, medidas preventivas devem ser adotadas para minimizar riscos à saúde física e mental dos mesmos.

Highlights

  • Qualquer dano que eventualmente um trabalhador venha a ter no exercício de sua atividade laboral é considerado um risco ocupacional, ou seja, são acidentes ou doenças possíveis a que estão expostos os trabalhadores na rotina de trabalho ou por motivo da ocupação que exercem

  • Há um setor do hospital responsável pela esterilização dos materiais considerados sujos ou contaminados: a Central de Material e Esterilização (CME)

  • A Tabela 1 expõe que os participantes são, em sua maioria, técnicos de enfermagem (70%), do sexo feminino (85%), casados (60%), com a idade média de 47 anos, escolaridade até o 2° grau completo (65%), possuem filhos (85%), de 6 meses a 2 anos na ocupação (40%), com turno de trabalho de manhã (50%), possuindo a carga horária semanal de 36 horas (70%) e vínculo empregatício EBSERH (65%)

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Artigo Original

RESUMO | INTRODUÇÃO: Os profissionais que atuam na central de material e esterilização (CME) possuem a função de recepcionar, limpar, esterilizar, embalar e armazenar utensílios utilizados em cirurgias no hospital. O grande número de cirurgias realizadas diariamente gera muito material contaminado, o que resulta em uma carga expressiva de trabalho para as centrais e que acaba, muitas vezes, sobrecarregando os profissionais que atuam neste processo.[3,5] Essa sobrecarga gera o estresse relacionado ao trabalho, potencializando os riscos físicos, biológicos, químicos e ergonômicos a que os trabalhadores estão expostos diariamente.[4,7] Nessas condições, os acidentes de trabalho se tornam mais comuns de acontecerem. Etapas seguidas no estudo para seleção e inclusão/exclusão dos participantes

Questionário sociodemográfico
Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares
Análise estatística
Contribuições dos autores
Findings
Conflitos de interesses
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