Abstract

Nós, o povo indígena Puruborá, vivemos tradicionalmente na região Norte do Brasil, no estado de Rondônia. Desde o início dos anos 2000, estamos lutando para garantir nossos direitos enquanto povo originário. Atualmente temos uma escola indígena e professores contratados para trabalhar o resgate e fortalecimento da língua e cultura Puruborá. A língua Puruborá não foi falada durante muitos anos, chegou perto de desaparecer. Atualmente somente duas pessoas bem idosas, meus tios-avôs, é que ainda possuem o conhecimento mais amplo de falantes da língua. A partir de 2001, foi feito um trabalho de documentação dos saberes deles e de outros falantes vivos à época, coordenado por Vilacy Galucio, que ajudou a resgatar muitas informações sobre a língua. Irei relatar nossa experiência atual no processo de resgate da língua e cultura Puruborá e a motivação para realizar esse processo. Centrarei o relato, na minha experiência pessoal, minha motivação e vontade de aprender o pouco que existia de registro da língua Puruborá e depois continuar aprendendo com os mais velhos aquilo que eles ainda lembravam, e assim ser escolhido pelo povo para ser o professor indígena Puruborá. A partir da nossa experiência e do trabalho para que os alunos aprendam sobre nossos costumes tradicionais, mostrarei exemplos de como trabalhamos a língua, na escola, mostrando a importância para nosso povo do trabalho de recuperação da língua Puruborá, a partir do qual nossa cultura foi se fortalecendo. Esse processo foi de grande importância para nós, abriu nossos interesses para buscar mais informações sobre nosso povo.

Highlights

  • We, the Puruborá people, traditionally live in the northern region of Brazil, in the state of Rondônia

  • Since the early 2000s, we have been struggling to guarantee our rights as an indigenous people

  • The Puruborá language was not spoken for many years, it came close to disappearing

Read more

Summary

Introduction

The Puruborá people, traditionally live in the northern region of Brazil, in the state of Rondônia. Sobre o local do antigo Posto Indígena criado pelo SPI, apenas as famílias do meu tioavô Paulo Aporete Filho e da minha avó Emília Oliveira Puruborá continuaram vivendo nesse local por mais tempo, e é o local que reconhecem como seu território tradicional.

Results
Conclusion
Full Text
Paper version not known

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call

Disclaimer: All third-party content on this website/platform is and will remain the property of their respective owners and is provided on "as is" basis without any warranties, express or implied. Use of third-party content does not indicate any affiliation, sponsorship with or endorsement by them. Any references to third-party content is to identify the corresponding services and shall be considered fair use under The CopyrightLaw.