Abstract
Este artigo tem como objetivo o estudo do momento inicial da Revista Mexicana de Literatura (1955-1957), dirigida por Carlos Fuentes e Emmanuel Carballo, as figuras mais notáveis do grupo habitualmente conhecido como a Generación de Medio Siglo: uma nova geração determinada por diferentes raízes socioculturais com relação aos escritores dos anos de 1920 e 1940. A aparição desta revista no campo cultural mexicano representa a articulação de uma nova ordem social daliteratura, que substituiu a anterior, a qual resultara do nacionalismo revolucionário cultural. A crítica da inserção do escritor no domínio simbólico do Estado mexicano, a ação independente e o caráter crítico do escritor, assim como a formulação de uma identidade autônoma, constituem as ideias-chave dessa nova situação. A identidade autônoma do escritor implica a construção de um discurso no qual o sujeito letrado é o possuidor exclusivo de um patrimônio simbólico excepcionalmente elaborado. A Revista Mexicana de Literatura representou o primeiro esforço coletivo das novas orientações e é a única publicação do período que reúne a agenda social de índole crítica e a autonomia artística do novo sujeito letrado.
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