Abstract

Este artigo tem como objetivo a reflexão sobre o emprego da retórica na escrita histórica dos antigos romanos, particularmente, o uso dos lugares-comuns empregados na descrição dos “outros”. O recorte específico se dá em torno da descrição do modo de fazer guerra dos “bárbaros” celtas e bretões, entre os séculos I e IV d.C. Os bretões do Norte (habitantes do território que hoje corresponde ao norte da ilha britânica) nunca chegaram a ser classificados como celtas pelos escritores antigos. No entanto, foram integrados a este rótulo em tempos modernos. Além de questões linguísticas terem aproximado essas populações, na visão dos intelectuais do século XVIII e XIX, uma forte contribuição para essa associação vem das representações feitas pelos antigos. Através de uma exploração do modo de fazer história, com ênfase no treinamento retórico e nos fins políticos envolvidos nessas descrições, é possível compreender a homogeneidade na representação destes povos habitantes de regiões longínquas no tempo e espaço.

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