Abstract

Este artigo empreende uma análise da obra de Madalena Schwartz, fotógrafa húngara radicada em São Paulo desde a década de 1960, responsável por constituir um acervo visual do Brasil no final do século xx por meio do retrato. A partir de sua obra, exploro o significado do retrato na construção do imaginário moderno e seus rebatimentos nas discussões conceituais sobre imagem, fisicalidade, pessoa, semelhança e indivíduo na antropologia. A reflexão que empreendo sobre os retratos de Madalena Schwartz segue conceitualmente a virada fenomenológica na formulação teórica sobre a fotografia nas ciências sociais, que privilegia mais o nível experiencial do que o semiótico. O retrato, assim, envolve engajamento e experiência, sendo constituído por meio de relações sociais. Nesse sentido, o retrato é tomado enquanto materialização da relação entre o fotógrafo e o fotografado.

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