Abstract
OBJETIVO: Avaliar a evolução dos pacientes portadores de regurgitação valvar mitral menores de 15 anos submetidos à operação reconstrutora da valva mitral. MÉTODO: Cento e dezessete pacientes com idade inferior a 15 anos, submetidos à plastia valvar mitral, no período de maio de 1980 a novembro de 2001. A idade variou de 1 a 15 anos, com média de 10 anos. Setenta e quatro pacientes (63,2%) eram do sexo feminino. A etiologia mais freqüente foi a doença reumática (81,2%). Oitenta e sete pacientes (63,2%) apresentavam regurgitação mitral e 30 (25,6%) estenose associada. Outras doenças estiveram presentes em 28 pacientes (23,9%), sendo a doença da valva aórtica a mais comum (13,7%). Diversas técnicas foram aplicadas na reconstrução valvar, como o encurtamento e/ou alongamento de cordas tendíneas, comissurotomia e papilarotomia. O anel valvar mitral foi remodelado em todos os pacientes. RESULTADOS: A evolução tardia mostrou 96,6% dos pacientes vivos e 88.9% com sua própria valva. Quinze pacientes (12,8%) foram reoperados. O anel mitral foi remodelado na totalidade dos pacientes, sendo utilizado o anel de Gregori-Braile em 69 (58,9%) e o de Carpentier em 35 (29,9%). As técnicas mais freqüentes foram o encurtamento de cordas em 66 pacientes (56,4%), e a comissurotomia e/ou papilotomia em 30 pacientes (25,6%). Houve um óbito hospitalar (0,9%) e três (2,6%) óbitos tardios. CONCLUSÃO: A operação reconstrutora na regurgitação valvar mitral foi factível, apresentando resultados que orientam para sua aplicabilidade neste grupo de pacientes menores de 15 anos.
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