Abstract

A que constrangimentos esteve exposta a literatura infantojuvenil nos períodos ditatoriais, no Brasil e em Portugal? O que foi permitido e o que foi proibido? Como as ditaduras e seus expedientes aparecem retratados nas obras literárias de receção infantile juvenil, nos dois países? Este artigo busca algumas respostas a estas questões por meio de um recorte preciso: a vida e algumas obras das autoras Lygia Bojunga e Alice Vieira. Ambas viveram durante as ditaduras brasileira e portuguesa, em seus países. A pobreza, o medo, a censura e as perseguições político-ideológicas, típicos dos sistemas autoritários, estão presentes em diversas narrativas das autoras que questionam certos pilares estruturadores da moral tradicional das ditaduras como a família, as relações de gênero ou o papel da mulher. Estudiosos especialistas da literatura para a infância e juventude ressaltam o surgimento das duas escritoras como momentos de viragem no panorama da história da literatura infantojuvenil, no Brasil e em Portugal. Iremos aqui destacar os contributos trazidos pelas obras das autoras. Registramos ainda certos apontamentos que indicam ligações que podem ser estabelecidas entre passado e presente, História e ficção.

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