Abstract

A resposta de Acacia mangium Willd (mangium) e Sclerolobium paniculatum Vogel (tachi) à inoculação de fungos micorrízicos arbusculares (FMA), oriundos de áreas em recuperação após a extração de bauxita, foi avaliada em experimento com delineamento inteiramente casualizado, com 14 tratamentos (duas espécies leguminosas e sete tipos de solo) e três repetições. Avaliou-se o número de esporos no solo, a colonização micorrízica, a matéria seca total, o P acumulado, a dependência micorrízica das mudas, e a abundância e a freqüência de espécies. O número de propágulos infectivos (NPI) foi estudado em delineamento em blocos casualizados, com oito diluições de solo inóculo, cinco repetições e uma planta isca (Brachiaria decumbens Stapf). Utilizou-se substrato da mistura de um Planossolo mais areia lavada e fosfato de rocha araxá (0,60 g/kg). O número de esporos aumentou em função do tempo de cobertura das leguminosas. A colonização micorrízica foi mais intensa no tachi. Os valores de matéria seca dessa espécie foram inferiores aos de mangium, que por sua vez extraiu em torno de seis vezes mais P do substrato. Em geral, mangium, ao contrário do tachi, foi facultativa à presença dos FMA, sugerindo sua utilização na recuperação de áreas degradadas sem inoculação prévia. Dentre as 39 espécies de FMA identificadas, Glomus macrocarpum Tul. & Tul. apresentou maior índice de abundância e freqüência (IAF) e maior NPI, destacando-se entre as espécies pioneiras, ao passo que outras apareceram apenas em estádios sucessionais mais avançados das áreas em recuperação.

Highlights

  • O uso de leguminosas arbóreas micorrizadas na revegetação de áreas degradadas possibilita a melhoria do solo pela adição de matéria orgânica ao solo com mínimo de investimento financeiro (Franco et al 1995)

  • Os valores de dependência micorrízica para mangium e tachi foram calculados de acordo com o índice relativo de dependência micorrízica (IRDM), a partir da massa da matéria seca total, conforme Plenchette et al (1983)

  • A colonização micorrízica apresentou correlação positiva com o número de esporos das raízes de mangium (r = 0,86 p≤0,01) e tachi (r = 0,59 p≤0,01), ao contrário do observado por Abbott & Robson (1991), onde o potencial de inóculo natural apresentou baixa correlação com a densidade total de esporos no solo

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Summary

Material e métodos

Foram conduzidos dois experimentos em casa de vegetação da Embrapa Agrobiologia, Seropédica, RJ, localizado a 22°46’ de latitude S e 43°41’ de longitude W, com altitude de 33m. Fungos micorrízicos arbusculares (FMA) foram obtidos de amostras de terra oriundas de um solo formado pela associação de Latossolo Amarelo e Argissolo Vermelho-Amarelo, localizado em áreas revegetadas após a mineração em Porto Trombetas, PA. Uma parte das amostras foi separada para análise química, granulométrica, determinação da umidade (Tab. 1), densidade de esporos e identificação de espécies de FMA. Das amostras de terra da mineração, 40g foram acondicionadas, junto com o substrato, em vasos com capacidade de 1dm, para determinação do potencial de inóculo dos FMA presentes nestas amostras, em mudas de mangium e tachi. Resultados das análises químicas, mineralógicas e umidade das amostras de terra das áreas em recuperação após a mineração da bauxita (solo inóculo) em Porto Trombetas, PA

ST ART
Resultados e discussão
Peso da matéria seca mangium
Espécies de FMA
Findings
Referências bibliográficas
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