Abstract

O mandacaru (Cereus jamacaru DC. subsp. jamacaru) e o facheiro (Pilosocereus pachycladus F.Ritter subsp. pernambucoensis (F.Ritter) Zappi) são duas cactáceas colunares endêmicas do semiárido brasileiro, região caracterizada por apresentar áreas em que ocorre déficit hídrico. Assim sendo, este estudo objetivou avaliar o efeito do estresse hídrico sobre a germinação e o vigor de sementes dessas duas espécies sob diferentes temperaturas e potenciais hídricos. Para simular o estresse hídrico foram utilizadas soluções de polietilenoglicol (PEG 6000) nos seguintes potenciais hídricos: 0,0 (controle); -0,2; -0,4; -0,6 e -0,8 MPa. As sementes foram distribuídas em caixas tipo “gerbox” entre papel “mata borrão”, sob as temperaturas de 25 e 30 °C. A contagem do número de sementes germinadas foi realizada diariamente durante 21 dias após a protrusão radicular. As variáveis analisadas foram: teor de água (%), germinação (%), índice de velocidade de germinação (IVG) e tempo médio de germinação (TMG). O delineamento foi inteiramente casualizado seguindo o esquema fatorial de 2 × 5 (temperatura × potencial hídrico) para cada espécie. Os resultados obtidos neste estudo sugerem que o C. jamacaru subsp. jamacaru e o P. pachycladus subsp. pernambucoensis são capazes de germinar em solos com baixa disponibilidade hídrica e que a redução dos níveis osmóticos das soluções de PEG 6000 no meio germinativo provoca decréscimos na viabilidade e vigor das sementes de mandacaru e facheiro. A 30 °C há menor tolerância das sementes ao estresse hídrico.

Highlights

  • Mandacaru (Cereus jamacaru DC. subsp. jamacaru) and facheiro (Pilosocereus pachycladus F.Ritter subsp. pernambucoensis (F.Ritter) Zappi) are two columnar cacti endemic to the Brazilian semiarid region, characterized by areas with water deficit

  • As cactáceas encontrem-se sob uma das grandes áreas em que ocorre déficit hídrico do continente Sul-Americano, estas espécies são capazes de sobreviver em solos rasos e pedregosos

  • As sementes de C. jamacaru subsp. jamacaru e de P. pachycladus subsp. pernambucoensis são capazes de germinar em solos com baixa disponibilidade hídrica, característica observada em áreas áridas e semiáridas

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Summary

INTRODUÇÃO

A família Cactaceae está organizada no Brasil pela conjunção de 474 espécies agrupadas em 82 gêneros que se distribuem por todos os domínios fitogeográficos do país, e destas, 200 são consideradas espécies endêmicas dos ecossistemas brasileiros [1]. As cactáceas encontrem-se sob uma das grandes áreas em que ocorre déficit hídrico do continente Sul-Americano, estas espécies são capazes de sobreviver em solos rasos e pedregosos. Estudos que visem contribuir com o conhecimento acerca da capacidade de sobrevivevência e adaptação das espécies de cactos sob condições de estresse natural são de especial importância [8]. Estudos sobre as exigências hídricas para germinação das sementes de cactos podem ser esclarecedores para se conhecer as estratégias de sobrevivência desse grupo de plantas, uma vez que poucos são os dados encontrados na literatura, a exemplo dos trabalhos com Cereus jamacaru [14, 15], Hylocereus spp. Pernambucoensis sob diferentes condições hídricas e térmicas, simultaneamente, são de grande importância estudos que visem contribuir com o conhecimento básico sobre a ecofisiologia das sementes e a perpetuação destas espécies. Este estudo objetivou avaliar o efeito do estresse hídrico sobre a germinação e o vigor de sementes de mandacaru e facheiro sob diferentes temperaturas e potenciais hídricos

MATERIAL E MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
REFLORA - Plantas do Brasil
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