Abstract
O responder por "exclusão', que se supõe ser um dos mecanismos pelos quais crianças aprendem a relacionar palavras novas a objetos ou eventos, tem sido amplamente replicado em situação de laboratório. O presente estudo, conduzido com seis crianças, teve por objetivo investigar o responder por exclusão em um contexto de brincadeira, com estímulos manipuláveis, e verificar se este contexto favorece a aprendizagem da relação nome - objeto, após uma única tentativa de exclusão. Em cada tentativa o experimentador falava o nome de um brinquedo conhecido e a tarefa da criança era pegá-lo e jogá-lo dentro de uma caixa grande, disposta à frente da criança. Em meio a essas tentativas, eram introduzidas três sondas de exclusão (o nome falado era novo e havia um brinquedo novo exposto no ambiente); três outras sondas verificavam se a relação entre o nome e o brinquedo havia sido aprendida. Todas as crianças responderam por exclusão, mas somente uma mostrou aprendizagem após uma única tentativa.
Highlights
Laboratory studies have repeatedly replicated the phenomenon of exclusion responding, which has been assumed as one of the mechanisms by which children learn to relate novel words to objects or events
Em uma única sessão, todas as crianças passaram a ficar sob controle condicional dos estímulos modelo ditados pelo experimentador ao fazerem as escolhas dos brinquedos a serem jogados na caixa grande, estando os brinquedos expostos ou guardados nas caixas pequenas
Esses resultados replicam e estendem, para a situação de brincadeira, aqueles já relatados e que demonstram regularidade e robustez na ocorrência do responder por exclusão (Bates & Snyder, 1988; Carey & Bartlett, 1978; Costa et al, 2001; Dixon, 1977; Dixon et al, 1983; Golinkoff et al, 1992; Golinkoff et al, 1994; Markman, 1989; Mervis & Bertrand, 1994; Oshiro, 2004; Wilkinson & McIlvane, 1997, entre outros)
Summary
As sessões foram realizadas individualmente, em três dias consecutivos, em uma sala silenciosa, apropriada para este fim, contendo duas grandes janelas, um espelho com visão unidirecional e um armário embutido em uma das quatro paredes. No início do primeiro dia de sessão com cada criança, foram realizadas dez tentativas de linha de base para estabelecer o repertório de selecionar um dos brinquedos, condicionalmente ao nome falado pelo experimentador, e jogálo na caixa grande. Procurava-se garantir a permanência de pelo menos cinco alternativas de escolha, ou seja, ao longo da brincadeira um dos experimentadores retirava alguns objetos da caixa grande e os redistribuía no tapete a fim de disponibilizá-los como estímulos de comparação e manter um número mínimo de comparações; um dos brinquedos era colocado sempre dentro das caixas e esta era a escolha correta em metade das tentativas. A primeira sonda (de exclusão), apresentada entre as cinco primeiras tentativas de linha de base, verificava se, diante de um nome indefinido, ditado pela primeira vez, os participantes selecionariam um brinquedo indefinido disponível, um brinquedo definido ou se procurariam por algum item diferente, dentro das caixas pequenas (que tiveram função similar à das máscaras dos procedimentos computadorizados). Na primeira tentativa de sonda de Tipo 1, entre as cinco primeiras tentativas de linha de base, era ditado como modelo o nome indefinido “Capiru” e os estímulos de com-
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