Abstract
No Rio Grande do Sul (RS), a bovinocultura de corte, em sua maioria, tem caráter extensivo e o controle parasitário é fundamentado no uso contínuo de drogas anti-helmínticas. Os produtos mais utilizados fazem parte do grupo das lactonas macrocíclicas (LMs). No RS, já existem relatos da ocorrência de resistência a estes produtos em parasitas gastrintestinais. O objetivo deste trabalho foi determinar a eficácia de 10 LM´s disponíveis comercialmente em bovinos naturalmente infectados. Foram utilizados setenta bovinos da raça Nelore, de aproximadamente um ano de idade. Cada grupo (n=7) foi tratado com doramectina 1% (Dectomaxâ, Pfizer), moxidectina 1% (Cydectinâ, Fort Dodge), quatro ivermectinas 1% (Ivermectinaâ, Ouro Fino; Ivermectinaâ, Jofadel; Imectinâ, Irfa; Dectiverâ, Lapisa); ivermectina 3,1% (Ivomec Goldâ, Merial), duas abamectinas 1% (Abamectinaâ, Jofadel; Abactinâ, Biofarm), e a combinação de abamectina 1,25% com ivermectina 2,25% (Solutionâ, Intervet) na dose recomendada pelo fabricante. Amostras fecais foram colhidas nos dias 0, 7, 14 e 21 pós-tratamento para determinação do número de ovos e cultura de larvas e cálculo do percentual de eficácia com o programa estatístico RESO. A eficácia das drogas foi de 0, 0, 19, 89, 30, 13, 27, 0, 0, e 67% respectivamente, 21 dias pós-tratamento. Os gêneros, Trichostrongylus sp. e Cooperia sp. demonstraram resistência a todos os produtos. Embora nessa população de parasitas gastrintestinais o produto à base de ivermectina 3,1% e da combinação ivermectina e abamectina jamais tenha sido utilizado previamente, os dados obtidos confirmam o grave desenvolvimento da resistência lateral entre as LMs nos mais importantes nematóides de bovinos.
Highlights
Cattle ranches in Rio Grande do Sul (RS), are predominantly extensive and the control of gastrointestinal nematodes relies on the continuous usage of anthelmintic drugs
Os relatos de resistência à doramectina apresentados por WILLIAMS et al (1999), e FIEL et al (2001), demonstram valores de 86 e 85% de eficácia no 14o dia PT, respectivamente
VERMUNT, J.J.; WEST, D.M.; POMROY, W.E. Inefficacy of moxidectin and doramectin against ivermectin-resistant Cooperia spp. of cattle in New Zealand
Summary
O experimento foi realizado durante os meses de junho e julho de 2004, no Setor de Bovinocultura de Corte, do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS. Sete animais foram divididos aleatoriamente para cada grupo, sendo; G1: Ivermectina 1%â (Ouro Fino); G2: Ivermectina 1%â (Jofadel); G3: Imectinâ (ivermectina 1% - Irfa Química); G4: Dectiverâ (ivermectina 1% Lapisa); G5: Ivomec Goldâ (ivermectina 3,15% Merial); G6: Abactinâ (abamectina 1% - Biofarm); G7: Abamectina 1%â (Jofadel); G8: Solutionâ (ivermectina 2,25% combinada com abamectina 1,25% - Intervet); G9: Dectomaxâ (doramectina 1% - Pfizer); G10: Cydectinâ (moxidectina 1% - Fort Dodge) na dose recomendada pelo fabricante. Desenho experimental: Amostras de fezes foram colhidas diretamente da ampola retal, nos dias 0, 7, 14, e 21 pós-tratamento (PT) para realização da contagem de ovos por grama (OPG) usando a técnica de GORDON e WHITLOCK (1939) modificada. O referido programa compara a média da contagem de ovos no dia 0 (zero) e a média no dia da avaliação, não sendo necessária a inclusão de grupo controle durante toda a fase experimental
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