Abstract
Os resíduos sólidos têm sido interpretados como problema socioespacial, já que têm o potencial de degradação ambiental e ameaça à saúde pública. No entanto, há uma percepção alternativa destes enquanto solução, pois materiais reaproveitados podem ser respostas a problemas sociais, econômicos e ambientais. Gerir os resíduos sólidos de modo criativo e reinseri-los no ciclo de produção é um desafio. Em Umuarama-PR desenvolve-se o programa Lixo que Vale, com o objetivo de estimular a separação entre resíduos domésticos recicláveis e orgânicos e de resolver problemas ambientais e sociais em bairros periféricos: Jabuticabeiras, Sete Alqueires, Industrial, Arco Íris, Viveiros e Alto da Glória. O objetivo deste artigo é analisá-lo no período de sua existência (2010-2018), considerando os diferentes agentes sociais envolvidos e as estratégias do poder público na resolução de problemas locais. Para isso, discutiu-se a problemática do lixo enquanto fenômeno socioespacial, como problema ou solução para questões locais. Em seguida, realizou-se levantamento de dados sobre a gestão municipal dos resíduos sólidos. Posteriormente, realizaram-se entrevistas semiestruturadas visando caracterizar o programa, levantar opiniões e compreender suas fragilidades. Os resultados mostram que o programa consegue atingir distintas áreas (ambiental, alimentar, emprego e renda) e distribui seus benefícios entre diferentes agentes (população, agricultores e catadores). Algumas fragilidades ameaçam sua permanência: mudanças na gestão municipal e dependência de recursos públicos.
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