Abstract

Este artigo pretende discutir as ideias de representação e estesia no texto literário, em suas manifestações na produção de sentido, partindo dos elementos paratextuais, que indiciam as temáticas envolvidas. Para isso, tomamos como corpus o livro O meu pé de laranja lima (1968), de José Mauro de Vasconcelos, obra em que se evidencia o fenômeno figurativo de modo metafísico. As discussões serão encaminhadas pelas inquietações filosóficas de Foucault (1985) e pelas constituições de sentido de Genette (1987), Greimas (2002; 2008) e Bertrand (2003). A investigação constitui-se por intermédio de trechos do romance infantojuvenil que apresentam o devaneio infantil e mostram as isotopias fantasiosas, determinantes dos valores inseridos no discurso à luz da semiótica discursiva. A problemática é a do fazer sentido, sob o aspecto da percepção e da emoção, advindas da fantasia, em que é possível supor que o aspecto fantasioso coopere com as ações do sujeito do enunciado, levando-o ao deslumbramento das coisas do mundo e recepcionado pelo enunciatário/leitor.

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