Abstract

A caminhada possível da educação cultural e criativa nas prisões implica discutir a política do encarceramento em nome da lei, que se diz igual para todos e estabelece o castigo e o controle, como forma de normalização de condutas. Os diferentes sentidos provenientes dessas múltiplas interpretações entrecruzam-se, distanciam-se, somam-se a depender das sensações de perceptos e afectos, ao usar conceitos de justiça e paz social, para referendar injustiças sociais, (re)classificando pessoas para a exclusão. O incentivo à leitura e à escrita nos espaços carcerários tem propiciado aos prisioneiros a expressão do passado, da história que não foi contada no processo por ser vista como irrelevante, fazendo germinar o que fica no esquecimento - a luz de cada ser humano sobre a face da terra. Na condição de dupla autoria: do crime e da escritura, o prisioneiro tende a escrever sobre si, numa escrita para o outro, como espaço de releitura e de potencialidades.Palavras chaves: Prisão; narrativas; leitura e escrita; inclusão social.

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