Abstract
Objetivou-se verificar se há relação entre adesão à medicação e letramento funcional em saúde em pessoas idosas atendidas na Estratégia Saúde da Família da zona oeste de um município no sul do Brasil. Estudo transversal, exploratório-descritivo, quantitativo, realizado em 17 equipes de saúde da família, com 350 pessoas idosas, aplicando-se uma versão em português da Morisky Medication Adherence Scale, que verificou o grau de adesão à medicação e uma versão traduzida do Short-Test of Functional Health Literacy in Adults, que verificou o grau de letramento funcional em saúde. Foi realizada análise estatística descritiva e inferencial. Verificou-se que 224 (64%) participantes foram considerados não aderentes à medicação, e 206 (58,9%) tiveram letramento inadequado, não havendo associação significativa entre essas variáveis. Os participantes relataram outras dificuldades no tratamento medicamentoso, entre elas, o esquecimento teve relação significativa com a adesão. A não compreensão de informações em saúde não influenciou a adesão ao tratamento medicamentoso dos participantes. Os profissionais devem atentar para outras dificuldades que podem surgir, principalmente o esquecimento, elencando estratégias voltadas à minimização do mesmo, como o acompanhamento e monitorização do tratamento medicamentoso.
Highlights
Tratou-se de um estudo com abordagem quantitativa, exploratório-descritivo, do tipo transversal
This study aimed to verify whether there is a relationship between medication adherence and health literacy in elderly people attending the Family Health Strategy of the western zone of a municipality in southern Brazil
A cross-sectional exploratory-descriptive, quantitative study of 17 family health teams with 350 elderly people, applying a Portuguese version of the Morisky Medication Adherence Scale, which verified the degree of adherence to the medication and a translated version of the Short-Test of Functional Health Literacy in Adults, which verified the degree of health literacy
Summary
As pessoas idosas são as que mais fazem uso de muitos medicamentos simultaneamente, e essa prevalência pode chegar a até 93% (Ramos et al, 2016). A principal causa de uso são as condições crônicas, como doenças cardiovasculares, diabetes, neoplasias e doenças respiratórias, que exigem tratamento contínuo, prolongado e com vários medicamentos, e se encontram nos primeiros lugares de índice de mortalidade, principalmente em pessoas idosas (Silva & Macedo, 2013; Carvalho, Carvalho, Laurenti & Payão, 2014). Pessoas idosas que apresentam condições crônicas são as que podem ter mais problemas para aderir ao tratamento medicamentoso, principalmente por fatores como o declínio cognitivo, a severidade do seu estado de saúde e o uso de diversos medicamentos (Crespillo-Garcia et al, 2013; Tavares et al, 2013).
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