Abstract
Avaliou-se como o padrão de deslocamento e de utilização de estações alimentares podem ser afetados por alturas de manejo de 4, 8, 12 e 16 cm numa pastagem nativa. Utilizou-se um delineamento inteiramente casualizado, com quatro tratamentos e duas repetições no tempo e no espaço. Os animais experimentais foram avaliados por meio de testes de pastejo de 45 minutos, para determinação dos número de bocados, número de estações alimentares e número de passos, utilizando-se contadores, com exceção do número de bocados, que foi registrado pelo aparelho IGER Behaviour Recorder. Observou-se correlação positiva entre altura do pasto e massa de forragem e correlação negativa entre alturas do pasto e densidade de forragem. As variáveis avaliadas diferiram entre bezerras e ovelhas. O número de estações alimentares por minuto diminuiu de forma quadrática com o aumento da altura do pasto. O número de bocados por estação alimentar visitada e o tempo por estação alimentar aumentaram de forma quadrática com o aumento da altura do pasto e foram afetados negativamente pela baixa densidade de forragem nos estratos superiores das maiores alturas do pasto. Na altura de 12 cm, as bezerras executaram mais bocados por estação alimentar e permaneceram mais tempo em cada estação alimentar; o mesmo foi observado na altura de 8 cm para as ovelhas. À medida que menos estações alimentares foram utilizadas, como resposta às variáveis anteriores, os animais andaram mais a passos mais lentos. Em alturas do pasto entre 8 e 12 cm, os animais permanecem mais tempo pastejando nas estações alimentares e percorrem distâncias maiores à procura de novos locais para o pastejo.
Highlights
As ações dos animais são organizadas de forma hierárquica e em diferentes escalas; iniciam-se no âmbito da paisagem, passam pelos níveis de comunidade, patch, estação alimentar e planta, até chegar ao bocado (Carvalho, 1997)
Ao longo do processo de pastejo, o animal busca as estações alimentares enquanto caminha
O tempo de procura por estações alimentares dependerá da velocidade de deslocamento, da quantidade de estações alimentares por unidade de superfície e da seletividade (Ungar & NoyMeir, 1988), além da movimentação do animal ao longo do ambiente de pastejo e todos os processos sensoriais e cognitivos envolvidos na decisão de se colher aquele bocado dentre vários outros possíveis (Ungar, 1996)
Summary
Relações planta-animal em ambiente pastoril heterogêneo: padrões de deslocamento e uso de estações alimentares. Os animais experimentais foram avaliados por meio de testes de pastejo de 45 minutos, para determinação dos número de bocados, número de estações alimentares e número de passos, utilizando-se contadores, com exceção do número de bocados, que foi registrado pelo aparelho IGER Behaviour Recorder. O patch pode ser definido como um agregado de estações alimentares, cuja taxa de ingestão instantânea (o quociente entre a massa do bocado e o tempo para a sua formação) são distintos entre si, o que permitiria aos animais escolher novos locais de pastejo (Ruyle & Dwyer, 1985). Desta forma, o objetivo com este trabalho foi avaliar o efeito da estrutura de uma pastagem nativa, representada por diferentes alturas do pasto, no padrão de deslocamento e na forma de utilização das estações alimentares por bovinos e ovinos
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