Abstract
Um tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) fêmea, adulto, pesando 27 kg, foi encaminhado ao hospital veterinário pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Após exame clínico e radiográfico, constatou-se fratura de rádio e ulna do membro torácico esquerdo. Levando em consideração o estado físico do animal, o porte, o tipo de fratura e os recursos disponíveis no hospital veterinário,optou-se pela realização de implante de pino intramedular no rádio e na ulna. Trinta e cinco dias do pós-cirúrgico, o animal estava se movimentando sem dificuldades e foi possível observar na radiografia formação de calo ósseo. Não foi verificada presença de deformidades ósseas decorrentes do tipo de fixação. O presente relato tem por objetivo compartilhar os resultados da técnica de implante de pino intramedular, amplamente utilizada em cães e gatos, em um tamanduá--bandeira (Myrmecophaga tridactyla).
Highlights
O tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) é um mamífero pertencente à ordem Xenartha e à família Myrmecophagidae distribuído desde a América Central até a América do Sul, podendo ser encontrado com frequência em áreas de campos e cerrados [1]
Isso pode ser independente do método de estabilização escolhido, já que neste relato foi utilizado fixador esquelético interno, o que possibilitou um pós-operatório com menores dificuldades, por tratar-se de um animal selvagem, e a observação de excelente consolidação óssea, uma vez que o animal não demonstrou dificuldades de locomoção
Summary
O tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) é um mamífero pertencente à ordem Xenartha e à família Myrmecophagidae distribuído desde a América Central até a América do Sul, podendo ser encontrado com frequência em áreas de campos e cerrados [1]. A utilização da fixação esquelética interna, com o uso do implante de pino intramedular, tem sido utilizado com frequência na cirurgia de pequenos animais para o tratamento de fraturas de rádio e ulna, evitando grandes danos ao suprimento sanguíneo endosteal e à articulação do carpo [6].
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