Abstract
Eventos de neurotoxicidade tardia têm sido freqüentemente associados com intoxicação crônica por organofosforados. Com a finalidade de estudar essa condição em ovelhas, 11 animais receberam uma ou duas doses de 353 ou 500 mg/kg de Haloxon via oral. Os animais intoxicados foram observados diariamente e, entre 16 e 25 dias após a intoxicação, sinais neurológicos de incoordenação e ataxia foram detectados em seis deles. Foram realizadas biópsias de nervos tibiais e laríngeos tão logo a neurotoxicidade foi diagnosticada e, após a morte, fragmentos de nervos periféricos selecionados foram colhidos, juntamente com o sistema nervoso central, para estudos de microscopia óptica, eletrônica de transmissão e de fibras desfiadas. Os nervos tibiais, laríngeos e ciáticos mostraram as alterações mais pronunciadas, que consistiram em degeneração walleriana, ora de uma única fibra, ora de todo um fascículo. Após a morte, exames histológicos revelaram fibras em regeneração com brotamentos axonais crescendo dentro de membranas de células de Schwann, alguns exibindo bainhas finas de mielina.
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