Abstract

Este artigo aborda o processo de desinstitucionalização no contexto da reforma psiquiátrica ocorrido em Ímola a partir da narrativa de brasileiros e brasileiras que participaram de seu cotidiano ao longo dos anos noventa. A pesquisa que sustenta o artigo procurou delinear as conexões entre Brasil e Itália no que concerne às contribuições no conjunto de ações que resultaram no fechamento dos manicômios e na constituição dos serviços territoriais (centros de saúde mental, centros diurnos) e de associações e cooperativas que sustentaram projetos de inclusão social. A metodologia utilizada nesta pesquisa qualitativa apoiou-se na realização de entrevistas semiestruturadas com integrantes dos serviços de Ímola de ambas
 as nacionalidades. Assim, foram identificadas práticas relevantes que denotam uma participação efetiva de brasileiros e brasileiras, como educadores profissionais e assistentes de base, que não apenas impactaram o cotidiano assistencial como também colaboraram para a construção de cultura e relações inclusivas, inventivas, reflexivas e propositivas.

Highlights

  • Resumo Este artigo aborda o processo de desinstitucionalização no contexto da reforma psiquiátrica ocorrido em Ímola a partir da narrativa de brasileiros e brasileiras que participaram de seu cotidiano ao longo dos anos noventa

  • Esta associação contou com a colaboração de artistas reconhecidos, como Gió Urbinati, de alguns músicos, inclusive brasileiros, e artistas plásticos de outros países

  • E aqui são citados vários exemplos, como o intercâmbio organizado junto a outros Centros Sociais da cidade com um grupo de países como a Finlândia, Alemanha, Holanda, Dinamarca, Suécia e outros, a recepção no Centro diurno de estudantes da cidade de Novi Sad da ex-Jugoslávia atingida pela guerra, a recepção com outras associações e prefeitura da cidade, de crianças atingidas pelo desastre na usina nuclear de Chernobyl, que viam todos os anos elaborar os efeitos danosos daquele desastre sobre a sua saúde, segundo informações do Diretor de Saúde Mental de Ímola (Ernesto Venturini)

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Summary

A Reforma Psiquiátrica em Ímola e o tempero brasileiro

Resumo Este artigo aborda o processo de desinstitucionalização no contexto da reforma psiquiátrica ocorrido em Ímola a partir da narrativa de brasileiros e brasileiras que participaram de seu cotidiano ao longo dos anos noventa. A pesquisa que sustenta o artigo procurou delinear as conexões entre Brasil e Itália no que concerne às contribuições no conjunto de ações que resultaram no fechamento dos manicômios e na constituição dos serviços territoriais (centros de saúde mental, centros diurnos) e de associações e cooperativas que sustentaram projetos de inclusão social. A metodologia utilizada nesta pesquisa qualitativa apoiou-se na realização de entrevistas semiestruturadas com integrantes dos serviços de Ímola de ambas as nacionalidades. Palavras-chave: Reforma Psiquiátrica; Saúde Mental; inclusão social

A Associação “Il Girasole” e seu Centro Diurno
Associação van Gogh
A associação e a residência “Cá del Vento”
A Associação “Pas e Temp”
A residência “La Pascola”
A residência “Casa Basaglia”
A residência “Macondo”
O Grupo Apartamento “Pambera”
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