Abstract
A literatura sobre terapia comportamental infantil denuncia carência em pesquisas aplicadas que guiem a prestação de serviço. Na Psicoterapia Analítica Funcional (FAP) aplicada a crianças, observa-se tal constatação e nota-se que essa proposta tem sido utilizada como uma técnica adjunta à Terapia Analítico-Comportamental Infantil (TACI) e com pouca sistematização dos procedimentos. Nesse sentido, julga-se importante compreender melhor os processos comportamentais envolvidos na FAP aplicada à população infantil. Para tal, foi realizada uma primeira reflexão por meio de uma comparação entre TACI e FAP com crianças, tomando como base artigos dos principais pesquisadores clínicos brasileiros. As seguintes categorias foram criadas para análise: papel do vínculo terapêutico, tipo de reforço utilizado, forma de utilização das regras da FAP, objetivos da terapia e foco da intervenção. Observou-se que ambas as propostas compartilham elementos e procedimentos, tais como o uso de reforço arbitrário e natural, a relação terapêutica como instrumento de mudança e o uso sistemático ou não das regras da FAP. A diferença importante está na sistematização do uso das cinco regras da FAP nesse tipo de terapia, algo pouco seguido na TACI.
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