Abstract
Discutimos histórias ficcionalizadas a partir de intervenções com jovens nas políticas públicas de atendimento socioeducativo. Com base nesses encontros e em autoras como Lélia Gonzalez, bell hooks e Françoise Vergès, sugerimos articulações possíveis entre feminismos antirracistas e masculinidades. A partir das memórias e histórias trazidas na palma da mão, enunciamos uma política de escrita em que, ao mesmo tempo em que o corpo-pesquisadora narra histórias sobre e com jovens, coloca em questão o seu corpo de mulher negra numa perspectiva implicada com a potência de insurgência contra formas de opressão racistas e sexistas. Apostamos em uma perspectiva feminista antirracista implicada com o desmantelamento das violências sistêmicas do patriarcado e colonialismo, cujas opressões incidem sobre mulheres e homens negros, ainda que de maneiras distintas. Assim, defendemos diálogos feministas em direção à construção de masculinidades não violentas.
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