Abstract
Resumo: A População em Situação de Rua (PSR) encontra diversas barreiras para acessar os serviços de saúde, resultado, em grande parte, dos preconceitos pelos seus modos de estar na vida, ampliando sua vulnerabilidade e exclusão social. Objetivo: Analisar a trajetória de saúde de pessoas em situação de rua a luz dos conceitos de acesso e barreira nos serviços de saúde. Método: Estudo qualitativo de caráter descritivo utilizando entrevistas semiestruturadas e análise de conteúdo de Bardin. Resultados e discussão: Três categorias analíticas emergiram do estudo: i) acesso à Rede de Atenção à Saúde; ii) barreiras à produção de saúde; iii) possibilidades descobertas no território - Rede Viva. Os serviços mais acessados pela PSR são emergenciais ou aqueles específicos para esta população. As barreiras aos serviços de saúde e produção de vida aparecem nas falas, revelando preconceito, negligência, vivências violentas nas instituições e situações onde o acesso foi negado ou dificultado. As redes vivas se mostram como potencialidades no território para auxiliar em suas necessidades básicas. Considerações finais: a concretização de políticas públicas específicas para a PSR e a reorganização dos serviços de saúde são condições para a oferta de um cuidado produtor de vida e que considere as particularidades dessa população.Palavras-chave: Pessoas em Situação de Rua; Acesso aos Serviços de Saúde; Território Sociocultural; Redes Comunitárias; Atenção à Saúde
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