Abstract

<p>Este artigo se propõe a investigar a rede de cuidado de crianças e adolescentes em sofrimento psíquico e a descrever ações que visam à promoção da saúde mental, a partir de uma intervenção territorial. Trata-se de um estudo qualitativo, baseado no desenho da pesquisa-ação, cuja amostra foi constituída por seis crianças e nove adolescentes residentes no território adscrito de quatro Unidades de Saúde da Família. Utilizou-se uma entrevista semiestruturada contendo dados socioeconômicos, demográficos, e as relações na rede familiar e de cuidados. Também foi utilizado o diário de campo para transcrição das observações de intervenções realizadas no domicílio e na comunidade, na perspectiva da atenção primária à saúde. Foram identificadas falhas na efetivação do brincar, no desempenho do lazer, dificuldades escolares e alterações comportamentais; tais aspectos têm sido prejudicados por relações familiares conflituosas e precárias condições de vida. Verificou-se que a escola e os vizinhos são elementos de apoio na rede de cuidados das crianças e adolescentes, sendo focos das intervenções territoriais. O cuidado em saúde mental requer uma rede integrada, com ferramentas efetivas para a promoção da autonomia e participação social destes sujeitos.</p>

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