Abstract
At the end of 1979, the São José da Boa Morte farm was occupied in Cachoeiras de Macacu (RJ), by peasants organized with their Rural Union and Comissão Pastoral da Terra. The farm had already been the scene of occupations in 1961 and 1963, and its occupation was expressive once again at a time of redemocratization in Brazil. Through interviews with leaders and peasants and analysis of union, repression and journalistic documents, we sought to reconstruct the moment of the occupation and its meanings for the group of actors who occupied, linking the organizational strategies with the local and national contexts. By this way, an analysis of the strategies of enunciation and collective action of the peasants was built, highlighting the motivations and formative experiences, making it possible to highlight the role of resistance and organization of social categories that are often invisible.
Highlights
Abstract: (Reconquer the land: resistance and organization of peasants at the end of the corporatemilitary dictatorship)
Tratamos neste artigo[2] da terceira ocupação de terra realizada na Fazenda São José da Boa Morte, localizada no município de Cachoeiras de Macacu (RJ), realizada em dezembro de 1979 e janeiro de 1980
O centro da análise é o significado da luta pela terra entre camponeses organizados na Fazenda São José da Boa Morte, o qual se relaciona com a dinâmica do movimento camponês no estado do Rio de Janeiro em diálogo com o contexto nacional
Summary
Tratamos neste artigo[2] da terceira ocupação de terra realizada na Fazenda São José da Boa Morte, localizada no município de Cachoeiras de Macacu (RJ), realizada em dezembro de 1979 e janeiro de 1980. Tais documentos se encontram no Núcleo de Pesquisa, Documentação e Referência sobre Movimentos Sociais e Políticas Públicas no Campo (NMSPP) do Programa de Pós-Graduação de Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (CPDA/UFRRJ).[3] Ainda neste acervo, examinamos o material da Comissão Pastoral da Terra (CPT), organização com importante participação no conflito analisado e com intenso trabalho no mapeamento de conflitos agrários em todo o Brasil, bem como a documentação do Subfundo Conflitos no Campo, do acervo CPT, alocado no Centro de Documentação Dom Tomás Balduino.[4] Também foi consultada a documentação do projeto Memórias Reveladas do Arquivo Nacional (AN), que contém um conjunto de documentos produzido durante o regime militar por diversos órgãos de segurança do Estado. Seus significados locais e suas relações mais amplas com o momento de redemocratização e retomada das organizações camponesas
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