Abstract

Neste artigo objetivo investigar as articulações entre política do reconhecimento e crítica cultural. Examino como a crítica jornalística de ficção audiovisual manifesta aspectos desse paradigma por meio de três relações não excludentes: a identificação e análise do reconhecimento como perspectiva estruturante da obra; o reconhecimento como valor de aferição; e como demanda mais complexa por paridade imagética. Para isso, analiso a crítica de filmes como Pantera Negra e O estranho que nós amamos. Os resultados apontam para a emergência de uma crítica menos estética do que ética, que privilegia aspectos identitários das personagens e questões de representatividade na indústria audiovisual. O artigo propõe, ao final, o desafio de se articular o valor de reconhecimento a fatores estéticos para uma análise mais ampla do discurso audiovisual.

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