Abstract

Adotando como eixo estrutural a filosofia política contemporânea e as disputas políticas por memória, verdade e justiça acerca da recente ditadura brasileira, propomo-nos pensar as ações da atual democracia em meio ao legado autoritário e aos processos de subjetivação do presente. Iniciamos discorrendo acerca do conceito de justiça de transição. No decorrer da argumentação, sem desconsiderar as ações de resistência ao instituído e os modos de agir da coletividade, mas com foco no aparelho de Estado, pretendemos demonstrar que seus sistemas de representação jurídico-institucionais fazem parte de tecnologias governamentais móveis de poder do contemporâneo e têm modelado, ao menos em parte, a subjetividade dos múltiplos sujeitos sociais, seus modos de ser e agir. Pensamos as Comissões da Verdade brasileiras como significantes que, embora não nos libertem das amarras da representação, reverberam nos atuais processos de subjetivação, trazendo a possibilidade de alterarmos os mecanismos de dominação da atualidade, dentre os quais se situa a democracia representativa. 

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