Abstract

As doenças causadas por patógenos do solo provocam perdas expressivas em maracujazeiros comerciais. Uma das alternativas de controle dessas doenças seria a utilização de porta-enxertos resistentes. Passiflora nitida é uma das espécies de Passifloraceae que apresentam resistência a essas doenças, mas suas sementes geram porta-enxertos com caules finos e, portanto, incompatíveis com o diâmetro dos garfos da espécie comercial. Este problema pode ser resolvido pela utilização da enxertia em estacas enraizadas ou pela enxertia hipocotiledonar, mas, no Brasil, dados sobre o desenvolvimento e produtividade, em campo, de maracujazeiros enxertados, ainda são escassos. Este trabalho teve como objetivo avaliar a reação a doenças, produtividade e características físicas de frutos de um clone de maracujazeiro-azedo (Passiflora edulis f. flavicarpa) comercial propagado por estaquia, enxertia em estacas herbáceas enraizadas de P. nitida (acesso EC-PN 1) e por sementes. As plantas foram cultivadas em um Latossolo Vermelho-Amarelo, onde foram conduzidas em espaldeiras verticais com 1,90 metro em altura, com irrigação por gotejamento. As colheitas foram efetuadas semanalmente, durante 14 meses, e as avaliações das doenças foram efetuadas aos 17; 18 e 19 meses após o plantio. A produtividade das plantas propagadas por estaquia foi o dobro das enxertadas e das propagadas por sementes. Plantas enxertadas e propagadas por estaquia foram menos afetadas pelas doenças.

Highlights

  • A baixa produtividade do maracujazeiro no Brasil é devida, em grande parte, a problemas fitossanitários, dos quais as doenças causadas por patógenos do solo constituem-se nos mais importantes em termos de expressão econômica (Chaves et al, 2004; Meletti & Bruckner, 2001; Menezes et al, 1994)

  • Ocorre em todos os estados da região Norte e Centro-Oeste e exemplares já foram coletados no Maranhão, Bahia, Minas Gerais e nordeste do Estado de São Paulo

  • No Brasil, ainda são escassas as informações sobre o comportamento de maracujazeiros comerciais enxertados em espécies de passifloras silvestres

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MATERIAL E MÉTODOS

As enxertias foram efetuadas aos 55 dias após a coleta e plantio das estacas. As mudas enxertadas foram plantadas em campo aos 130 dias após a coleta e plantio das estacas ou 75 dias depois da enxertia. Já as mudas produzidas a partir de sementes e por estaquia foram levadas para o campo aos 90 dias depois do semeio das sementes e da coleta e plantio das estacas no mesmo substrato. As avaliações referentes ao rendimento de suco, percentuais de casca, sementes, oBrix e doenças foram efetuadas em três lotes de 20 frutos maduros, colhidos ao acaso, em cada parcela, nos meses de janeiro, fevereiro e março de 2004, ou seja, 17; 18 e 19 meses depois do plantio. A presença de F. solani nas lesões foi confirmada por isolamentos em meio de cultura BDA e pela análise da massa micelial desenvolvida sobre as lesões

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Sementes Estaquia Enxertia
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