Abstract

Resumo Este comentário está organizado em duas partes: a primeira resume proposições de Juan Pro Ruiz e sua contribuição para os estudos da história político-cultural do liberalismo na Espanha do século XIX. Destaca especialmente a crítica às concepções que restringem a figura do Estado a seu aparato fiscal e militar ignorando dispositivos político-culturais que moldaram a "mentalidade nacional". A segunda parte focaliza conceitos importantes do texto -- revolução/ ruptura/Antigo Regime - - e as relações entre Estado, Nação e Cultura Política.

Highlights

  • Pensar o politico, em nosso tempo, requer uma sensibilidade ao histórico que não anula mas, ao contrário, torna mais necessário o abandono da ficção hegeliana ou marxista da história

  • Juan Pro Ruiz, pesquisador dedicado a este assunto quando referido não apenas à situação espanhola mas, também, à análise comparada daquela experiência com a da América Hispânica, notadamente México e Argentina

  • Conforme bem registra Juan Pro Ruiz, neste percurso ressaltam-se os anos 1980-1990, momento em que o assunto ganhou renovado vigor nos meios políticos e acadêmicos do Ocidente - particularmente no campo da sociologia histórica realizada nos Estados Unidos, os State-building studies, estimulados por acontecimentos de grande impacto internacional a exemplo do esfacelamento da União Soviética, da intervenção americana e europeia nos conflitos ocorridos nos Balcãs, e dacomposição dos estados que integravam a antiga Iugoslávia

Read more

Summary

Sobre a história deste tema lembro

Juan Pro Ruiz dedicou boa parte, senão toda sua carreira, à investigação de eventos e personagens partícipes da cultura política comprometida com a construção do Estado Nacional espanhol durante o século XIX, referência registrada em seu currículo e na argumentação do trabalho que vamos debater. Ao privilegiar a Espanha do século XIX, o texto retoma questões políticas e teóricas muito atuais inspiradas no “giro teórico culturalista” que, desde os anos 1980, mobiliza intelectuais de vários países e campos das ciências humanas alinhados, grosso modo, em duas tendências: de um lado, os defensores de tese mais antiga - from State to nation - que concebem o fenômeno nacional e o nacionalismo como “criação do Estado”; de outro, pesquisadores afinados com a tese from Nation to State, simpatizantes dos estudos político-culturais desenvolvidos no campo da antropologia e defen-

Representam a tese from State to nation
Novidade e tradição: contradições da experiência liberal na Espanha
Full Text
Published version (Free)

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call