Abstract

Resumo As ações e os processos administrativos parecem estar em um período pós-racional, no qual a racionalidade se tornou uma palavra mal compreendida, sendo a ação racional comumente associada ao cientificismo e à tecnocracia. Acreditamos que esse estereótipo pode ter um fundo de verdade, mas é, sobretudo, baseado em um mal-entendido fundamental que buscamos esclarecer. Assim, o objetivo deste ensaio teórico é revisitar o conceito de razão, base de toda ciência social, a partir da argumentação de que ela é una e indivisível, sendo denominada aqui razão lúcida. Após um resgate da concepção clássica de razão e sua transavaliação do período moderno, essa contextualização forneceu bases para responder a seguinte pergunta: “como formular uma razão da práxis apta a guiar a própria práxis pelos caminhos de um procedimento racional?”. Sugerimos que a resposta se encontra na razão lúcida, constituída pela unidade entre a prudência (phrónesis), pautada por uma lógica contextual e instrumental, e as intenções, baseadas na razão em seu sentido substantivo. É a partir desse conceito que podemos compreender a tensão experimentada nas organizações, inerente à vida da razão, por meio de uma atitude parentética. Concluímos que, assim como a razão enquanto característica humana é única, a discussão da racionalidade no contexto das organizações também deve ser pautada pela não separação literal entre duas ou mais racionalidades, mas reconhecendo a ação administrativa como racional, em seu sentido singular, com as múltiplas faculdades que a compõem.

Highlights

  • Scientists animated by the purpose of proving that they are purposeless constitute an interesting subject for study.(A

  • Despite the various existing denominations that have multiplied throughout the twentieth century, is whole and indivisible, which we call lucid reason

  • In order to understand some of the possibilities of how reason has been conceptualized, it is crucial to revisit the concept of reason/rationality throughout the different periods, from classical antiquity, such as the effort already made and systematized by Alberto Guerreiro Ramos

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Summary

INTRODUCTION

Scientists animated by the purpose of proving that they are purposeless constitute an interesting subject for study. Actions and administrative processes seem to enter into their postrational period In this sense, when related to a specialized knowledge, rationality seems to reject non-scientific or subjective knowledge: personal, social or human values; individual intuition and common sense; socially and culturally constructed cognition; and imaginative vision (ALEXANDER, 2000). The second generation of studies on rationality in administrative practice starts with the systematization of the lessons learned from the first works, recognizing their main contributions, challenges and methodologies and seeking to move forward by including new aspects and views on rationality, as is the case of the discussion on the tension and dichotomies between substantive and functional rationalities As for this separation between rationalities, Raz (2005) questions whether functional rationality is a distinct form of reason. Considerations about rationality and administration follow, and, lastly, the final considerations are presented

REVISITING THE CONCEPT OF REASON
HAS SINGULAR BECOME PLURAL?
Ethics of conviction or absolute value
FINAL CONSIDERATIONS

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