Abstract

As part of medicine's canonical framework, the concept of race has been associated with the idea that color and/or biological ancestry are relevant indicators of a predisposition to a certain disease or reaction to drugs. This stance derives from a typological view of human races. The low level of genetic variability and of structuring of the human species is incompatible with the existence of races as biological entities and tells us that color and/or geographical ancestry have little or nothing useful to contribute to medical practice, particularly when it comes to caring for an individual patient. We show that even so-called racial diseases like sickle cell anemia are really the product of evolutionary strategies used by populations exposed to specific infectious agents, whose territories have no unequivocal relation with either color or continental origin. Furthermore, in the words of sociologist Paul Gilroy, the social concept of race is "toxic," contaminating society as a whole, and it has been used to oppress and to foster injustice, even within a medical context.

Highlights

  • Razões para banir o conceito de raça da medicina brasileira Reasons for banishing the concept of race from

  • As part of medicine’s canonical framework, the concept of race has been associated with the idea that color and/or biological ancestry are relevant indicators of a predisposition to a certain disease or reaction to drugs

  • This stance derives from a typological view of human races

Read more

Summary

Introdução

H á um amplo consenso entre antropólogos e geneticistas humanos de que, do ponto de vista biológico, raças humanas não existem (AAA, 1998; Nat Genet, 2001). As categorias ‘raciais’ humanas não são entidades biológicas, mas construções sociais. Os exemplos citados mostram que em medicina, as categorias ‘raciais’ humanas ainda estão sendo vistas como construções biológicas. Uma delas é no sentido morfológico, fenotípico, denotando um conjunto de caracteres físicos (por exemplo, cor da pele ou textura do cabelo) que nos permite identificar indivíduos como pertencentes a um certo grupo. Isto nos leva à conclusão de que o termo ‘negro’ na bula do medicamento Cozaar e na aprovação do BiDil® está sendo usado como sub-rogado, no lugar de um determinado genótipo farmacogenético. As categorias ‘raciais’ humanas não são entidades biológicas claramente definidas e circunscritas, mas construções sociais e culturais fluidas. Neste artigo pretendo defender o ponto de vista de que a classificação de ‘raça’ não tem um papel útil na avaliação clínica do paciente individual e que a medicina brasileira só teria a ganhar banindo ‘raça’ de seus cânones

Evolução humana
Classificação ‘racial’ do Homo sapiens
Variabilidade genética humana
Aparência física e geografia
A ancestralidade do brasileiro
Estudos com marcadores de linhagem
Cor e ancestralidade no brasileiro
Raça e medicina
Ancestralidade geográfica e doenças monogênicas
Ancestralidade geográfica e farmacogenética
Cor e medicina
Findings
São Paulo
Full Text
Published version (Free)

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call