Abstract
Neste artigo procura-se confrontar os rankings oficiais das escolas secundárias do Algarve com a qualidade percebida pelos professores e alunos, tendo sido comparadas as três escolas secundárias do Algarve mais bem classificadas com as três menos bem classificadas. O método das grelhas de reportório permitiu elaborar um questionário organizado em dois factores de qualidade, gestão e integração, que foi aplicado a uma amostra de 497 alunos e 174 professores, concluindo-se que os rankings não eram confirmados pela percepção de qualidade que os alunos e os professores tinham deles. Foi também possível, a partir da análise factorial de correspondências das entrevistas realizadas, conceber um perfil da escola com qualidade e de uma com pouca qualidade. Estes resultados, se bem que careçam de maior generalização, vêm comprovar a situação de injustiça na utilização dos rankings como indicadores de qualidade das escolas.
Highlights
This article aims at demonstrating that the rankings of the secondary schools of the Algarve are not confirmed by the perception of quality of their teachers and students
After selecting the three better positioned and the three in the last positions, we used Kelly’s repertory grids to build a two-factor questionnaire, integration and management, which was administered to a sample of 497 students and 174 teachers of the six selected schools
Results indicated that the rankings were not confirmed by the perception of quality by the teachers and students
Summary
Resumo Neste artigo procura-se confrontar os rankings oficiais das escolas secundárias do Algarve com a qualidade percebida pelos professores e alunos, tendo sido comparadas as três escolas secundárias do Algarve mais bem classificadas com as três menos bem classificadas. Em termos de avaliação de escolas, podemos considerar os rankings como uma avaliação externa, que tem como critério os resultados dos alunos, com predominância dos relativos aos exames nacionais do 12.o ano. 12), por sua vez, analisaram as características contextuais, pedagógicas, organizativas e culturais das escolas do ensino secundário em Portugal, assim como os resultados dos alunos nos exames nacionais do 12.o ano, tendo concluído que são múltiplos os factores (internos e externos) que contribuem para a qualidade e melhoria das escolas, bem como para os resultados obtidos pelos alunos. Que esta investigação relacionou factores externos à escola (explicações e formação académica dos pais) com os rankings escolares não contemplando os parâmetros de qualidade das escolas, tal como foi nosso propósito. Posição Relativa das Escolas Secundárias do Algarve nos “Rankings” a Partir das Médias dos Primeiros Quatro Anos Escolares
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