Abstract

ResumoAo examinar as práticas corporais de jovens pobres do sexo masculino afiliados ao hip hop politicamente consciente no Brasil na virada do Século XXI, esse artigo revisa os conhecimentos atuais sobre a “flexibilidade racial” no Brasil. Primeiro, discuto uma variedade de exemplos globais e históricos que mostram como o corpo é percebido como racialmente flexível, incluindo teorias eugênicas do Século XX e estudos dos contextos coloniais, nos quais as populações brancas e de cor foram submetidas a regimes sensoriais que potencialmente tiveram o poder de alterar sua aparência física. Logo, sugiro que os rappers brasileiros demonstram flexibilidade racial à medida que eles alteram a estética dos seus corpos, seus padrões de consumo e práticas linguísticas. Em uma era de alto intercâmbio comercial com os Estados Unidos e influência cultural norte americana jovens brasileiros pobres do sexo masculino utilizam da construção de conexões (contestadas) com os Estados Unidos e com a modernidade global para mudar sua aparência racial em uma escala onde a branquitude e a falta de branquitude se encontram em posições relativas entre si.

Full Text
Published version (Free)

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call