Abstract

Em regiões tropicais, com ajuda da aplicação de produtos químicos para induzir a quebra de dormência, é possível obter duas safras anuais de videira. No entanto, a eficácia da utilização destes produtos é questionável, pois sua alta toxicidade é um fator preocupante. Neste sentido, o objetivo do trabalho foi avaliar o efeito da aplicação do hidrolato obtido de pau-d'alho (Gallesia integrifolia) na brotação, produtividade e atividade das enzimas peroxidase e catalase em videiras cv. Benitaka. O experimento foi conduzido em vinhedo comercial no município de Marialva, Estado do Paraná, Brasil, em dois ciclos consecutivos: 2011, de agosto a dezembro, e 2012, de janeiro a julho. Os tratamentos consistiram nas seguintes doses de hidrolato de pau-d'alho: 0; 50; 100; 150 e 200 mL L-1, além da testemunha positiva com cianamida hidrogenada a 20 mL L-1. Foram avaliadas as variáveis: porcentagem de gemas brotadas, número de cachos, peso dos cachos, produtividade (t ha-1), atividade das enzimas catalase e peroxidase, e teor de açúcares redutores nas gemas. Na porcentagem de gemas brotadas, houve efeito quadrático em função das doses do hidrolato de pau-d'alho com máxima brotação estimada para as doses de 108,8 e 97 mL L-1 de hidrolato de pau-d'alho para o primeiro e segundo ciclos, respectivamente, com resultados semelhantes ao tratamento-padrão com cianamida hidrogenada. Os tratamentos com hidrolato de pau-d'alho também incrementaram o número e o peso dos cachos e a produtividade, apresentando também efeito quadrático em função das doses. Verificou-se, ainda, redução da atividade das enzimas catalase, peroxidase e para os teores de açúcares redutores nas gemas para as plantas tratadas com hidrolato de pau-d'alho, evidenciando seu modo de ação via injúrias oxidativas, similarmente ao efeito do tratamento convencional com cianamida hidrogenada. Com base nos resultados obtidos, o hidrolato de pau-d'alho, nas doses entre 100 e 150 mL L-1, pode ser uma alternativa para a quebra de dormência de videiras cv. Benitaka em regiões tropicais para a viticultura sustentável.

Highlights

  • In tropical regions, with the help of applying chemicals to induce dormancy, it is possible to obtain two grapevine annual harvests

  • Aos 21 dias após os tratamentos, as doses do hidrolato de pau-d’alho apresentaram efeito quadrático para a variável porcentagem de gemas brotadas, em ambas as safras obtidas da dupla poda anual (Figura 1A e 1B)

  • Disponível em: Acesso em 24 Dez. 2007

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Summary

QUEBRA DE DORMÊNCIA DE VIDEIRAS

ALINE JOSÉ MAIA2, KÁTIA REGINA FREITAS SCHWAN-ESTRADA3, CACILDA MÁRCIA DUARTE RIOS FARIA4, VIRLENE DO AMARAL JARDINETTI5, RENATO VASCONCELOS BOTELHO6. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito da aplicação do hidrolato obtido de pau-d’alho (Gallesia integrifolia) na brotação, produtividade e atividade das enzimas peroxidase e catalase em videiras cv. Com base nos resultados obtidos, o hidrolato de pau-d’alho, nas doses entre 100 e 150 mL L-1, pode ser uma alternativa para a quebra de dormência de videiras cv. Que Botelho et al (2007), com o objetivo de desenvolver um método alternativo para a quebra de dormência de gemas de macieiras ‘Fuji Kiku’, utilizaram extrato de alho e verificaram que sua mistura em concentrações entre 1 e 10% com óleo mineral a 2% apresentou efeito similar ao tratamento convencional com cianamida hidrogenada.

MATERIAL E MÉTODOS
Findings
RESULTADOS E DISCUSSÃO
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