Abstract

Este artigo analisa a quarta e definitiva versão da Base Nacional Comum Curricular, de 2018, à luz da já antiga promessa de tornar a educação básica brasileira mais interdisciplinar. Mais especificamente, a pergunta que guia essa análise, e a que o artigo pretende responder é: que indicações e possibilidades de um trabalho interdisciplinar a Base oferece a professores e estudantes de Filosofia? Parte-se do pressuposto de que a Base, ainda que trabalhe com áreas de conhecimento, contém em suas competências e habilidades a presença indireta das disciplinas mais tradicionais. É assim possível identificar nas tais áreas de conhecimento aquelas habilidades que mais são afins à disciplina em questão. Ao mesmo tempo, também é possível encontrar cruzamentos entre as habilidades dessas disciplinas (no presente caso, Filosofia e Língua Portuguesa), levando em conta seus objetos de conhecimento ou seus processos cognitivos. O resultado é uma lista não-exaustiva de quatro relações interdisciplinares possíveis entre Filosofia e Língua Portuguesa, a partir da BNCC, passando por temas como ética e epistemologia, instrumentos como análise e composição de argumentos, até alguns aspectos socioafetivos. Ao fim, tais relações interdisciplinares são ilustradas, na prática, sob a forma de uma proposta de sequência didática.

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