Abstract

O artigo apresenta a análise espacial da casa no romance Para Sempre (1983) de Vergílio Ferreira, um dos maiores escritores existencialistas da literatura portuguesa. Paulo, o narrador autodiegético, está de regresso à casa amarela, à casa da sua infância. É o regresso definitivo que inicia a última fase da sua vida, o tempo que lhe falta até à morte. Deambulando pela casa, percorrendo corredores, subindo e descendo escadas, entrando em cada quarto, encontra um tempo imóvel que revela o seu passado, e o faz pensar sobre o futuro e os seus sonhos. Encontra também quatro coisas-símbolos (o violino, o chapéu de palha, o relógio e a estatueta de anjo) que funcionam como chaves. Com o apoio da obra filosófica A poética do espaço (La poétique de l’espace, 1957) de Gaston Bachelard constatamos que a casa amarela representa a vida de Paulo.

Full Text
Paper version not known

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call

Disclaimer: All third-party content on this website/platform is and will remain the property of their respective owners and is provided on "as is" basis without any warranties, express or implied. Use of third-party content does not indicate any affiliation, sponsorship with or endorsement by them. Any references to third-party content is to identify the corresponding services and shall be considered fair use under The CopyrightLaw.