Abstract
RESUMO A relação entre crescimento urbano e o surgimento de ilhas de calor urbanas, ou seja, diferenças climáticas entre a área urbana e as áreas rurais no entorno, é demonstrada por diversos autores e em diferentes regiões climáticas. Em Curitiba, a população saltou de aproximadamente 600.000 habitantes para um milhão e meio em três décadas. O objetivo do presente trabalho é propor uma metodologia de análise da ilha de calor urbana de Curitiba (25º25'40"S, 49º16'23"W, 934m acima do nível do mar). A cidade está localizada em região de clima subtropical de altitude; o monitoramento climático foi conduzido segundo uma série anual, entre dezembro de 2011 e fevereiro de 2013, utilizando um par de estações meteorológicas dentro e fora (perifericamente) da mancha urbana de Curitiba. De modo a minimizar possíveis influências atmosféricas na análise, foi feita a classificação dos dias de medição por classes de estabilidade atmosférica segundo o método de Pasquill-Gifford-Turner (PGT), procedendo-se à análise para dias com maior estabilidade atmosférica. Como complemento à análise, adota-se um modelo de conforto desenvolvido para Curitiba a partir de uma extensa pesquisa de sensação e percepção térmicas em espaços abertos, de modo a verificar o efeito integrado das diversas variáveis climáticas em termos de percentuais de horas em frio, conforto e calor e suas variações dentro e fora da área urbana. Em Curitiba, a ilha de calor urbana pode ser benéfica durante o inverno, porém trazendo consequências em termos de excesso de calor em ambientes internos no verão.
Highlights
A relação entre urbanização e surgimento de ilhas de calor é apontada na literatura como consequência natural do processo de crescimento urbano. Oke (1978) apresenta em sua obra seminal “Boundary Layer Climates” uma relação entre tamanho de cidades diversas em termos populacionais e a intensidade da ilha de calor
A mecanização do campo na década de 1970, associada à criação da Cidade Industrial de Curitiba – CIC, atraiu grande número de imigrantes em busca de oportunidades de trabalho
As temperaturas atingem inúmeras vezes valores negativos, principalmente ao Sul da região metropolitana, situando-se a média das temperaturas mínimas em torno de 13°C
Summary
A relação entre urbanização e surgimento de ilhas de calor é apontada na literatura como consequência natural do processo de crescimento urbano. Oke (1978) apresenta em sua obra seminal “Boundary Layer Climates” uma relação entre tamanho de cidades diversas em termos populacionais e a intensidade da ilha de calor. A relação entre urbanização e surgimento de ilhas de calor é apontada na literatura como consequência natural do processo de crescimento urbano. O modelo de planejamento urbano que vinha sendo realizado até então, mostrou-se limitado em relação aos inúmeros problemas sócio-ambientais evidenciados: ocupações irregulares em áreas de mananciais hídricos da região, inundações cada vez mais frequentes, desconforto ambiental e poluição atmosférica agravada pelo desenho urbano e pela organização espacial da região intensamente urbanizada, dentre outros efeitos (Dumke, 2007). Sua configuração espacial se caracteriza hoje principalmente pela maciça verticalização ao longo das Vias Estruturais, que transformou de forma radical o sistema urbano polinucleado préexistente acarretando em um importante impacto na paisagem urbana e nos aspectos do conforto ambiental. Procura-se neste artigo apresentar uma metodologia de quantificação dos efeitos gerados pela urbanização existente sobre o microclima em termos da intensidade da ilha de calor urbana. Adicionou-se uma análise dos efeitos gerados a partir do microclima urbano na sensação térmica ao nível do pedestre
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