Abstract
Este artigo busca problematizar e refletir sobre a noção de resistência na contemporaneidade, tendo em vista os circuitos culturais e contextos específicos de recepção do gênero musical do funk ostentação. Interessa-nos, neste percurso, explorar os agenciamentos e as potenciais formas de resistência articuladas pelos jovens periféricos que protagonizam esse circuito musical, bem como os modos de (re)existência mobilizados a partir do consumo das narrativas midiáticas da ostentação entre um grupo de crianças, moradoras da maior favela sobre palafitas do país. Valendo-se dos aportes teóricos dos estudos culturais, em confluência com as categorias conceituais de culturas bastardas, narrativas midiáticas e performatividade, corroboramos a construção de uma abordagem polissêmica sobre o fator resistência, sobretudo no tocante às manifestações do popular-periférico contemporâneo.
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