Abstract
RESUMO No período de maio de 2008 a abril de 2009 foi avaliada a qualidade microbiológica de 40 amostras de queijo Minas Frescal produzidas artesanalmente e inspecionadas pelo Serviço de Inspeção Estadual e Federal no Município de Santa Helena, PR, através da quantificação do número mais provável de coliformes termotolerantes, contagem de Staphylococcus spp., pesquisa de bolores e leveduras, presença/ausência de Salmonella spp. e Listeria monocytogenes. Quanto à presença de coliformes termotolerantes, apresentaram-se em desacordo com o estabelecido pela ANVISA segundo a Resolução n° 12 de 02 de janeiro de 2001, 90% das amostras artesanais e 55% das inspecionadas. Em relação à enumeração de Staphylococcus spp., 100% das amostras artesanais e 25% das amostras inspecionadas apresentaram-se em desacordo com o estabelecido pela legislação. Salmonella spp. e Listeria monocytogenes não foram isoladas em 25 g do produto, mostrando que em relação a estes agentes as amostras de queijo analisadas, tanto de produção artesanal quanto as inspecionadas, apresentaram-se dentro dos padrões estabelecidos (ausência em 25 g do produto). Os resultados revelaram que, do total de amostras analisadas, somente 15% apresentaram-se de acordo com os padrões estabelecidos pela ANVISA, estando um número elevado de amostras artesanais (100%) e inspecionadas (70%) fora dos limites estabelecidos pela legislação. Portanto, maior atenção deve ser tomada pelas autoridades sanitárias, uma vez que tais produtos podem colocar em risco a saúde do consumidor.
Highlights
MICROBIOLOGICAL QUALITY OF “MINAS FRESCAL” CHEESE MARKETED IN SANTA HELENA, PR, BRAZIL
As placas foram incubadas a 25o C durante 5 dias e os resultados expressos em UFC/g
Do total de 40 amostras analisadas, verificou-se que 20 (100%) e 14 (70%) amostras, artesanais e inspecionadas, respectivamente, apresentaram-se em desacordo com os limites máximos estabelecidos pela legislação vigente para pelo menos um dos parâmetros analisados
Summary
Foram analisadas 40 amostras de queijo Minas Frescal, sendo que 20 destas eram provenientes de produção inspecionada pelo Serviço de Inspeção Estadual e Federal e 20 de produção artesanal, comercializadas em feiras livres, supermercados e padarias no Município de Santa Helena, PR. As amostras inspecionadas eram vendidas sob refrigeração e estavam devidamente embaladas a vácuo e continham as informações como conteúdo, origem, data de fabricação e/ou validade. Já as amostras de origem artesanal estavam acondicionadas em sacos plásticos e fechadas com feixe metálico sem quaisquer informações a respeito do produto. As amostras foram acondicionadas em caixas isotérmicas e transportadas imediatamente ao Laboratório de Microbiologia e Biotecnologia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, onde foram realizadas as análises microbiológicas. Após o período de incubação foram selecionadas colônias típicas: negras circundadas por halo transparente. A partir destas colônias típicas foram realizadas as provas bioquímicas de catalase e coagulase
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