Abstract
Os estudos sobre a Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) vêm se sobressaindo nos últimos anos por organizações e a preocupação geral com o bem-estar. Este estudo objetivou identificar como os profissionais de uma instituição pública percebem a QVT e a forma como são afetados dentro do contexto organizacional, e verificar se o modelo de Walton (1973) é adequado para avaliar a percepção da QVT. Tratou-se de um estudo descritivo, que conjugou uma etapa quantitativa (n=337) à uma etapa qualitativa (n=31). Os dados quantitativos foram analisados estatisticamente, ao passo que os qualitativos foram tratados por análise de conteúdo. A análise quantitativa dos dados mostrou que não houve total compreensão dos respondentes acerca dos questionamentos sobre a QVT. Essa não conformidade pode ser explicada pelo fato de que a escala de Walton (1973), utilizada amplamente em diversos estudos sobre QVT, mede apenas a opinião e não a percepção.
Highlights
Nos primeiros estudos sobre Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) realizados na década de 1950 na Inglaterra, por Eric Trist e sua equipe de pesquisadores, o foco principal era a tríade relação individuo, trabalho e organização (Trist; Bamforth, 1951)
Inicialmente, foi executada uma análise fatorial exploratória para obtenção dos construtos que foram posteriormente confrontados com os construtos encontrados por Walton (1973)
Entretanto, ao comparar os resultados de ambas fases da pesquisa, identificou-se uma discrepância acerca desses instrumentos de pesquisa
Summary
Nos primeiros estudos sobre Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) realizados na década de 1950 na Inglaterra, por Eric Trist e sua equipe de pesquisadores, o foco principal era a tríade relação individuo, trabalho e organização (Trist; Bamforth, 1951). Este escopo foi ampliado posteriormente e os estudos sobre a QVT vêm se sobressaindo nos últimos anos por organizações, buscando oferecer ao trabalhador boas condições laborais, incluindo aspectos comportamentais, o desenvolvimento de suas tarefas com satisfação e o bem-estar (Limongi-França, 2004). Torna-se relevante analisar a percepção dos profissionais de instituições públicas sobre a QVT gerada pela organização em que trabalham, pois os resultados poderão oferecer benefícios que estrategicamente serão agregados aos trabalhadores da referida instituição. Segundo Araújo (2006), em uma visão mais sistêmica, uma melhor QVT não quer dizer somente a satisfação do indivíduo no ambiente de trabalho e as suas motivações, mas também a forma como as organizações contam com novos recursos para o atendimento de necessidade e aspirações do indivíduo. Isso é ainda mais nítido em instituições públicas, onde essas ações na maioria das vezes são vistas com certo descrédito por parte dos profissionais.
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