Abstract
A prática de exercício físico está associada a diversos benefícios, incluindo a melhora da qualidade de vida (QV). Porém, ainda faltam informações acerca da influência da frequência semanal de treinamento físico na qualidade de vida geral e nos seus diferentes domínios. Dessa forma, o presente estudo objetivou comparar os níveis de QV entre indivíduos com frequência semanal (FS) de treinamento menor ou igual a três sessões e indivíduos com FS igual ou maior a quatro sessões. O estudo, de caráter transversal comparativo, avaliou a qualidade de vida geral e nos domínios físico, psicológico, social e ambiental pelo questionário WHOQOL-BREF em praticantes de treinamento físico em uma academia na cidade de Porto Alegre-RS. Participaram do estudo 76 pessoas, de ambos os sexos, tendo 39 destas FS moderada (< 3 x/sem) e 37 pessoas FS alta (> 4 x/sem). A comparação entre os grupos foi realizada pelo teste U de Mann-Whitney. Como resultados, o grupo com maior FS apresentou maior nível de QV geral e no domínio físico (p < 0,05). Já nos domínios psicológico, social e ambiental, os grupos apresentaram QV semelhante (p > 0,05). Conclui-se que pessoas que treinam com uma frequência de quatro vezes ou mais por semana podem apresentar melhor QV geral e no domínio físico comparadas às pessoas com menor frequência semanal de treinamento.
Highlights
Na área da saúde, um dos conceitos que influencia nas prescrições, tratamento e ações dos profissionais, é o de qualidade de vida (QV)
The practice of physical exercise is associated with several benefits, including improved quality of life (QOL)
The group with the highest frequência semanal (FS) presented a higher level of general QOL and in the physical domain (p < 0,05)
Summary
Um dos conceitos que influencia nas prescrições, tratamento e ações dos profissionais, é o de qualidade de vida (QV). A complementar, Macedo et al (2003) sugerem a QV como uma satisfação em viver e que não é apenas o nível de funcionamento, mas o nível de satisfação com este funcionamento da vida, da saúde, do organismo. Já para a variável composição corporal, especificamente percentual de gordura, somente uma alta frequência semanal (4 x) foi capaz de promover melhora Estes estudos investigaram a influência da frequência semanal sobre adaptações físicas e fisiológicas ao = treinamento em diferentes populações. Para além de adaptações físicas e fisiológicas, a frequência com que se treina parece influenciar os níveis de QV dos indivíduos. Não diretamente com qualidade de vida, mas em análise de fatores pessoais, desportivos e psicológicos no comportamento de exercício físico, Carneiro & Gomes (2015) encontraram que a frequência semanal de práticas prévias em exercício prediz significativamente o comportamento efetivo/regular ao exercício físico. Dessa forma, o presente estudo objetivou comparar os níveis de QV entre indivíduos com frequência semanal menor ou igual a três sessões com indivíduos com frequência maior ou igual a quatro sessões
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