Abstract
A troca das luvas cirúrgicas durante o procedimento constitui uma importante medida para a manutenção da sua integridade e prevenção da infecção do sítio cirúrgico, entretanto existe pouco consenso quanto ao tempo para essas trocas. Objetivou-se identificar, analisar e sintetizar os achados disponíveis na literatura sobre o intervalo de tempo sugerido para a troca das luvas cirúrgicas durante as cirurgias com intuito de manter a sua integridade. Tratou-se de uma revisão integrativa de estudos publicados entre 2003 e 2016. Foram selecionados 19 artigos que abordaram a relação integridade da luva cirúrgica e seu tempo de uso. Os estudos apontaram a relação direta entre tempo da cirurgia e aumento do percentual de perfuração das luvas. Com base na análise realizada, sugere-se a troca em menos de 120 minutos para cirurgias do aparelho digestivo, ginecológicas e torácicas. A elaboração de protocolos relativos às diferentes especialidades cirúrgicas deve ser considerada.
Highlights
INTRODUÇÃO A infecção do sítio cirúrgico (ISC) é uma das complicações mais frequentes em pacientes que se submetem a cirurgias, correspondendo a cerca de 160.000-300.000 eventos a cada ano nos Estados Unidos[1] e estão na terceira posição dentre as infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) no Brasil, compreendendo entre 14 a 16% das infecções em pacientes hospitalizados[2]
Os estudos apontaram a relação direta entre tempo da cirurgia e aumento do percentual de perfuração das luvas
Com base na análise realizada, sugere-se a troca em menos de 120 minutos para cirurgias do aparelho digestivo, ginecológicas e torácicas
Summary
Qual o intervalo de tempo sugerido para a troca de luvas cirúrgicas? Uma revisão integrativa. Objetivou-se identificar, analisar e sintetizar os achados disponíveis na literatura sobre o intervalo de tempo sugerido para a troca das luvas cirúrgicas durante as cirurgias com intuito de manter a sua integridade. A explanação desse questionamento visa subsidiar os profissionais de saúde das equipes cirúrgicas na implantação de uma prática mais segura à medida que poderá contribuir para a elaboração de protocolos com intervalos de tempo para a troca de luvas estéreis durante o procedimento cirúrgico, de forma a manter a integridade das luvas e, consequentemente, reduzir o potencial de transferência de micro-organismos da pele do profissional para a ferida cirúrgica. Posteriormente à análise dessa síntese, as especialidades cirúrgicas descritas em mais de um artigo foram agrupadas, por se tratarem da mesma área, e o intervalo de tempo sugerido para a troca das luvas foi determinado por especialidade com base na junção de intervalos similares entre esses artigos e no cálculo da média de perfuração por intervalo. Para fins de análise considerou-se equivalente o tempo de cirurgia e o tempo de uso da luva uma vez que, geralmente, o calçamento da luva se faz imediatamente antes do início do procedimento e a sua retirada é feita logo após o fechamento da incisão, isto é, ao término da cirurgia (Quadro 1)
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