Abstract
Desde pelo menos o início da década de 1990, o estilo de samba conhecido como pagode ocupa lugar de destaque no mercado musical brasileiro. O sucesso de grupos como Raça Negra e Só pra Contrariar ampliou o alcance mercantil do samba, atingindo público expressivo e permitindo uma grande variedade de estilos. Esses grupos elaboraram um samba que conjugava informalidade e profissionalismo através de uma estética musical que narrava positivamente o amor, alterava certos padrões rítmicos e aproximava sua sonoridade da música pop nacional e internacional. Esse artigo questiona a desqualificação que essa tendência estilística do samba sofre desde então, reivindicando um espaço de destaque para o pagode na narrativa do centenário do samba.
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