Abstract

O interesse quanto ao uso de índices de eficiência alimentar na seleção de bovinos de corte é crescente, tanto pela redução no custo de produção quanto no impacto ambiental, questão esta de grande importância, visto que o foco atualmente prioriza a sustentabilidade dos recursos naturais. O consumo alimentar residual (CAR) obtido pela diferença entre o consumo observado e predito, vem sendo estudado como um índice de eficiência alimentar que além de evitar o aumento do tamanho adulto dos animais selecionado, por ser ajustado para peso metabólico, possibilita a identificação de indivíduos com menor consumo de matéria seca ao mesmo peso e taxa de ganho. Características de desempenho e suas correlações com a eficiência alimentar são bem documentadas na literatura, entretanto as bases biológicas para variação no CAR são parcialmente desconhecidas. Estima-se que 9 % das diferenças em CAR são explicadas pelo incremento calórico, 14 % por processo de digestão, 5 % pela composição corporal e 5 % por diferenças em atividade, Desta forma, 67 % da variação do CAR permanece ainda desconhecida, e pode estar relacionada com a energia requerida pelos processos biológicos, como bombeamento de prótons na mitocôndria, turnover proteico e bombeamento de íons. Portanto, o uso da energia via processos biológicos parece ter um potencial de contribuição com substancial proporção na variação individual da eficiência alimentar. Embora a produção de calor de um animal possa ser medida de forma acurada por meio de câmara calorimétrica ou uso de água duplamente marcada, estes métodos, além de serem praticados em condições artificiais, são extremamente caros e requerem considerável experiência e in-fraestrutura, o que pode tornar impraticável a seleção de animais com menor exigência. Neste contexto, muitos pesquisadores exploram a possibilidade de predizer a produção de calor a partir da frequência cardíaca, uma vez que a maior parte do O2 utilizado por animais homeotermos é transportada aos tecidos pela ação do coração, órgão este cuja atividade representa cerca de 10 % da produção total de calor. O uso da frequência cardíaca, sem a calibração para o volume de O2 consumido por batimento cardíaco, pode apresentar estimativas de baixa acurácia, no entanto, a produção de calor estimada por esta calibração em humanos e animais é altamente correlacionada com a mensuração direta na câmara calorimétrica. Diante disto, o objetivo na presente revisão é apresentar a metodologia de estimativa da produção de calor por meio da frequência cardíaca calibrada para consumo de oxigênio, e sua relação com o CAR em bovinos de corte.

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